Exposição Os Craques da Bola
O Centro de Memória do Esporte Paranaense foi reaberto em 2019 com a exposição "Os Craques da Bola". Na ocasião foram homenageados os ex-jogadores de futebol Aladim, Sicupira, Castro e Krüger (in memoriam, representado por sua esposa Iraci Krüger). No acervo, fotos e documentos da época que atuaram nos clubes paranaenses. Esta é a versão digital dessa exposição.
ALADIM LUCIANO - Nascido em Barra Mansa (RJ), no dia 10 de outubro de 1946, chegou em Curitiba no dia 20 fevereiro de 1973, emprestado pelo Sport Club Corinthians Paulista. Sua chegada ao time foi esperada e comemorada pela diretoria do Coritiba Foot Ball Club, pois já no início de sua carreira conquistou o Título do Torneio do Povo. Aladim foi campeão estadual em 1973 pelo Coritiba. Terminado o empréstimo do jogador, o técnico Yustrich, do Corinthians, quis Aladim de volta. Ele não voltou ao Parque São Jorge porque o Coritiba decidiu comprar o passe do ponta esquerda pelo preço fixado no contrato de empréstimo. Aladim estava mais uma vez valorizado e se encaixou como uma luva na ponta esquerda do time curitibano. Nos anos seguintes foi colecionando títulos estaduais: ganhou em 1973 e levou ainda os títulos de 1974, 1975, 1976 e 1979. Em 1978, foi emprestado ao Athletico Paranaense e quase foi campeão pelo rival do Coxa. A perda daquele título de 1978, aliás, é uma das mais choradas na Baixada. Aladim recorda que teve um lance claro de pênalti do goleiro Manga em Lula, mas o árbitro Eraldo Palmerini deixou passar batido. Ali, ele percebeu que o Athletico conquistar o título seria complicado. “Até hoje eu não sei porque eu não joguei. Estou aqui (em Curitiba) há 41 anos. Não sei porque não joguei aquelas partidas”, diz. Mistérios do futebol. O certo é que o Coxa levou um título que parecia improvável e o Athletico perdeu um título que estava quase garantido. No ano seguinte, voltou para o Coritiba e foi campeão estadual novamente, com um ataque no qual despontavam ele, Bráulio e Santos – um arranjo vencedor feito pelo técnico Ênio Andrade.
EUCLIDES DE CASTRO SOARES, também conhecido por Castro, nasceu em 6 de agosto de 1968, na cidade de São Miguel do Araguaia (GO). Começou sua trajetória no futebol no time Sport Futebol Clube aos 12 anos. Em 1985, fez parte da equipe juniores do Goiás Esporte Clube, em Goiânia. No ano seguinte, foi transferido para a equipe juniores do Corinthians, em São Paulo. Em 1987, se transferiu para o Apucarana (PR), onde atuou na equipe principal até o ano de 1990. Em 1988 foi emprestado ao Londrina Esporte Clube para disputa da Taça BH realizada na cidade de Belo Horizonte. No ano de 1990 foi contratado pelo Paraná Clube, onde ajudou o Tricolor da Vila a conquistar o primeiro título paranaense. Atuando como zagueiro central, anotou quatro gols na competição. Seus gols aconteceram nas partidas: 1 x 1 contra a equipe do Apucarana; 1 x 0 Cascavel; 1 x 0 Matsubara; e 3 x 2 contra a equipe do Sport de Campo Mourão. Em 1992, foi transferido por empréstimo para o Santos F.C. Retornou para o Paraná Clube em 1993, participando do início da campanha do título paranaense até se transferir para a equipe Sport Club Espinho de Portugal, onde jogou o Campeonato Português e a Taça de Portugal de 1993 até 1995. Em 1995, retornou ao Brasil, jogando pelo Irati (PR) e em 1996 atuou pelo Uberlândia (MG). No mesmo ano, retornou para Portugal jogando pelo Penafiel. Em janeiro de 1997, jogou pela Caldense, de Poços de Caldas. No mesmo ano, mudou-se para Florianópolis, jogando pelo Figueirense (SC). E, em 1999, encerrou a carreira como jogador pelo Blumenau Esporte Clube. Atua até hoje na área esportiva na Associação Brasil e Associação Grupo Boticário. Títulos: PARANÁ CLUBE - Campeonato Paranaense: 1991 e 1993.
DIRCEU KRÜGER, o "Flecha Loira", jogou no Coritiba Foot Ball Club entre os anos de 1966 e 1976, onde completou 252 jogos como atleta. Natural de Curitiba, filho de pais alemãs, seu pai Sr. Acácio Krüger torcedor fanático do Coxa sempre contava que antes mesmo de Dirceu nascer, ele (Acácio) já sabia que seu filho iria jogar no seu clube do coração. Dirceu Krüger nasceu em 11 de abril de 1945. Após se aposentar como jogador, o ídolo trabalhou como técnico, auxiliar e coordenador das categorias de base do Coritiba Foot Ball Club. Em três ocasiões, a primeira em 1979, dirigiu a equipe profissional do Coritiba Foot Ball Club, totalizando 185 participações como técnico no clube paranaense. O "Flecha Loira", como era conhecido, chegou a ficar entre a vida e a morte por causa de um choque em um jogo entre Coritiba Foot Ball Club e Água Verde, em 70, pelo Campeonato Paranaense. Dirceu Krüger bateu com a barriga no joelho do goleiro do Água Verde, mas conseguiu se recuperar. Krüger conquistou pelo Coritiba Foot Ball Club os títulos paranaenses de 68, 69, 71, 72, 73, 74, 75 e 76. Em 2016 foi homenageado pelo Coritiba Foot Ball Club, em alusão aos seus 50 anos de trabalho pelo clube, com uma estátua que está no Estádio Couto Pereira.
SICUPIRA - Barcímio Sicupira Júnior nasceu na Lapa (PR), em 10 de maio de 1944. Filho da costureira Anna Ribeiro Sicupira e do militar Barcímio Sicupira. Do pai, além do nome incomum, herdou o gosto pela bola. Começou a carreira nos juvenis do Clube Athletico Ferroviário. Em 1962, subiu para o time principal e marcou seu primeiro gol como profissional. No ano seguinte, foi escolhido o craque do campeonato e na decisão, contra o Água Verde, marcou de bicicleta o antológico gol do título. Em março de 1964, foi aprovado no vestibular de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em abril, foi contratado pelo Botafogo de Futebol e Regatas (RJ). No “glorioso”, Sicupira jogou com duas gerações de craques do futebol brasileiro. Uma era a base da seleção bicampeã mundial em 1962: Garrincha, Didi, Zagallo e Nilton Santos, entre outros. A outra revelou os craques que seriam campeões em 1970 como Gérson, Jairzinho, Roberto e Paulo Cézar. Com a camisa alvinegra foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1966 e de torneios conquistados em excursões dentro e fora do país. Em 1967 se transferiu para o Botafogo Futebol Clube, de Ribeirão Preto. No jogo de estreia, marcou o gol inaugural do estádio Santa Cruz em jogo contra a seleção da Romênia. Em agosto de 1968, voltou para Curitiba e assinou com o Clube Athletico Paranaense. Um gol de bicicleta na estreia contra o São Paulo iniciou uma trajetória de oito anos e 158 gols que o fazem o maior artilheiro da história do clube. Com a camisa 8 do Furacão venceu o campeonato paranaense de 1970 e tornou-se ídolo eterno da torcida rubro-negra. Em 1972, foi emprestado ao Corinthians (SP) para a disputa do campeonato brasileiro. Ao lado de Rivelino ajudou a levar o Timão às semifinais. Pendurou a chuteira no Athletico em 1975, aos 31 anos. No ano seguinte, começou a carreira de comentarista esportivo no rádio e televisão. Depois da bola, foi coordenador do departamento de Educação Física da UFPR, ministrou cursos de futebol no Estados Unidos e foi professor da rede municipal de ensino.
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