Aconteceu na tarde de ontem (29) o lançamento do programa "O Paradesporto Que Queremos", uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral do Esporte do Paraná e em parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba. 

O programa tem como objetivo criar uma estrutura de aprimoramento de políticas públicas voltadas ao paradesporto e ampliar as ações voltadas às modalidades, seguindo os princípios da legislação do Sistema Esportivo Federal e da Lei Geral do Esporte do Estado do Paraná.

Para o governador do estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, o paradesporto foi deixado de lado por muito tempo, mas que isso mudou quando o governo passou a investir nesse quesito: “O paradesporto foi tratado, por muito tempo, de forma marginal, no sentido de estar à margem das prioridades financeiras ou de poder contar com equipes técnicas para preparar os atletas. Resolvemos mudar essa página e passamos a colocar o paradesporto como prioridade, com investimento em equipamentos e treinamento para os técnicos e educadores. Em especial, criando uma atmosfera para que os nossos atletas se preparem cada vez mais, tornando o Paraná uma grande referência nessa área”, ressaltou o governador.

O programa O Paradesporto Que Queremos inova com a estruturação de uma rede de desenvolvimento do paradesporto, que contará com metodologia específica, infraestrutura, materiais adaptados e capacitações, iniciando-se com a adesão de sete municípios com infraestrutura adequada para a proposta. São eles: Ponta Grossa, Campo Mourão, Cascavel, Telêmaco Borba, Cornélio Procópio, Maringá e Francisco Beltrão. 

O superintendente geral do esporte, Helio Wirbiski fala sobre a importância de um programa como esse: “Hoje o estado do Paraná é referência no paradesporto brasileiro, então o programa O Paradesporto Que Queremos é uma forma de consolidarmos tudo o que foi feito nos últimos anos para o esporte por meio das políticas públicas, nós temos a obrigação de respeitar a deficiência e de trazer a inclusão.”

Em parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba, o paradesporto ganha força com a implementação do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, espaço destinado à prática esportiva para pessoas com deficiência nas dependências do Centro de Esporte e Lazer Vila Oficinas, onde passarão a ser desenvolvidas as modalidades de vôlei sentado, golfe 7, goalball, bocha paralímpica e rugby em cadeira de rodas.

O prefeito da cidade de Curitiba, Rafael Greca comenta sobre a parceria entre município e governo para aprimorar o desporto por meio da implementação do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro: “Nos reunimos aqui para valorizar o paradesporto e também a feliz ideia de nenhuma cidade do Paraná ficar sem uma lei para o esporte paralímpico. A parceria que temos com o Governo do Estado vai ampliar as oportunidades para o povo.” finaliza.

O secretário de esporte, lazer e juventude de Curitiba, Carlos Eduardo Pijak, explicou que a estrutura da Capital quer atender o paradesporto de forma integral desde o lazer até o esporte de alto rendimento e que o termo de cooperação entre o Governo e a Prefeitura vai proporcionar um melhor desenvolvimento da modalidade: “Curitiba está muito preparada e essa parceria com o Estado traz mais qualificação. Com o acordo de cooperação técnica, vamos pegar uma estrutura da prefeitura e transformar em um espaço para a prática de atividades paradesportivas. O trabalho integrado também inclui a aquisição de materiais e a capacitação de professores, o que é importantíssimo para o incentivo ao paradesporto.”

Durante o evento foram entregues 10 kits de materiais esportivos multimodalidades adaptados, no valor de R $20 mil cada, e 10 kits de cadeiras de rodas, no valor de R $5 mil cada. Esses materiais são entregues por meio do Programa Paraná Mais Cidades, que promove ações voltadas ao desenvolvimento esportivo regional. Só nesse quadriênio o programa fez a entrega de 50 cadeiras de rodas, 109 parques adaptados, além de equipamentos e instalações esportivas para mais de 50 APAES, totalizando um investimento de R $450 mil, realizado por meio de emenda parlamentar. 

AÇÕES VOLTADAS AO PARADESPORTO

O Paraná é atualmente referência nacional no desenvolvimento de ações voltadas à prática paradesportiva, como os Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (PARAJAPS), que em suas duas últimas edições tiveram um investimento médio de R $2,4 milhões e 3.500 atletas atendidos. Durante o evento, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica com o município de Londrina, onde o evento será sediado.

Outra ação de sucesso é o Programa Geração Olímpica e Paralímpica, que se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do estado e também uma referência em todo Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo. Em sua 11º edição, o programa vem a cada ano ganhando mais interesse de paratletas e técnicos, com o apoio do Governo do Estado e o patrocínio exclusivo da Copel, nos últimos quatro anos o Geração Olímpica e Paralímpica realizou 650 atendimentos ao paradesporto, e teve um investimento de 3,4 milhões a modalidade. Resultado desse investimento foram as 9 medalhas conquistadas por bolsistas do programa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Nos últimos três editais, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (PROESPORTE), investiu aproximadamente R $3,6 milhões decorrentes de renúncia fiscal, distribuídos para 27 projetos aprovados voltados a iniciativas do paradesporto. Em fase de análise, já está destinado R $1,8 milhão para 25 projetos que concorrem na categoria do paradesporto.

Em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Frente Paranaense pela Educação Paralímpica busca o desenvolvimento de cursos a distância, promovidos pelo CBP e certificados pela Universidade Federal de Uberlândia, com o objetivo de capacitar profissionais da educação física e demais profissionais para atuarem na inclusão escolar de alunos com deficiência.

O coordenador do Programa de Educação Paralímpica do CPB, David Farias, comenta sobre a iniciativa do governo: "A razão do nosso trabalho são os atletas paralímpicos, as famílias e as pessoas que militam pelo nosso movimento, os professores, as federações esportivas. O Paradesporto Que Queremos é uma grande iniciativa para a nossa modalidade.”

Com informações de Agência Estadual de Notícias