Geração Olímpica e Paralímpica realiza mais de 11 mil atendimentos nos últimos 11 anos 27/06/2022 - 13:43

Chegar ao lugar mais alto do pódio, bater recordes ou ir para uma Olimpíada. Esses são só alguns dos sonhos que todo atleta almeja em alcançar. Criado em 2011, o programa da Superintendência Geral do Esporte, Geração Olímpica e Paralímpica vem ajudando atletas e técnicos de todo estado do Paraná a conquistarem esses sonhos. 

O programa foi idealizado com o objetivo de ser um agente motivador para técnicos e atletas e para contribuir com o desenvolvimento de futuros talentos esportivos, por meio de um incentivo financeiro, fomentando o esporte paranaense desde a base até o alto rendimento. Nos seus 11 anos de história, o Geração Olímpica e Paralímpica se tornou referência em todo o Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo. Segundo a pesquisa realizada pela  Universidade Federal do Paraná (UFPR) e divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte, o Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa de bolsa-atleta entre todos os estados do país. 

Para o superintendente geral do esporte, Helio Wirbiski, o programa se mostrou um sucesso ao longo da última década e se consolidou com uma geração de atletas campeões: "O Geração Olímpica e Paralímpica é um sucesso no Brasil inteiro, copiado por vários estados do país. Hoje, depois de atender mais de 11 mil atletas, é um programa de excelência e orgulho para o estado do Paraná, atendendo desde a formação até o alto rendimento”, explica.

Anualmente são investidos R$ 4,75 milhões, com o patrocínio exclusivo da Companhia Paranaense de Energia, a Copel. No ano de 2022, o programa ofereceu 1.160 bolsas a atletas e técnicos do estado, chegando assim à marca de mais de 11 mil atendimentos. 

O diretor de esportes da Superintendência Geral do Esporte, Cristiano Barros Homem d'El Rei conta que em sua 11ª edição, o programa sofreu algumas alterações para atender os bolsistas da melhor forma, como com a criação de mais categorias e a separação dos atletas das categoria estadual e nacional em olímpica e paralímpica: “Houve também a criação da categoria medalhista para os atletas que estiveram em Tóquio e conquistaram medalhas, assim mantendo a sua vinculação com o estado Paraná. Fizemos algumas alterações nas categorias estadual e nacional sobre a obrigatoriedade do atleta estar residindo no Paraná, para que os investimentos sejam aplicados em atletas paranaenses.”

O sucesso do Geração Olímpica e Paralímpica não se mostra somente na quantidade de atendimentos, mas também nos resultados obtidos em grandes competições. Os atletas bolsistas do programa estiveram presentes nos últimos três Jogos Olímpicos: Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. “Desde 2011 o programa Geração Olímpica e Paralímpica tem se mostrado efetivo no auxílio às carreiras esportivas dos atletas e técnicos do estado do Paraná. Já são mais de 11 mil atendimentos onde base e alto rendimento tem contato com esse apoio financeiro. Nos últimos 3 ciclos olímpicos, nossos bolsistas trouxeram para casa 12 medalhas, e isso é resultado do carinho e cuidado que o Governo do Paraná e a parceria com a Copel têm dado aos nossos talentos esportivos”, comenta a Coordenadora do programa Geração Olímpica e Paralímpica, Denise Golfieri.

Bolsistas do Geração Olímpica e Paralímpica também marcaram presença nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos: em 2015, nos Jogos de Toronto, foram 39 atletas regulares, que juntos conquistaram 25 medalhas (10 ouros, 5 pratas e 10 bronzes), já no Parapan-Americano, foram 9 bolsistas representando o programa, e ao todo conquistaram 10 medalhas (5 ouros, 2 pratas e 3 bronzes).

Desde a base até o alto rendimento, o Geração Olímpica e Paralímpica já fez e ainda faz parte da história de sucesso de muitos atletas do Paraná. Uma dessas atletas é a ginasta Bárbara Domingos, que participa do programa desde 2012. Atualmente com 22 anos, Bárbara já conquistou diversos títulos: ela foi a primeira brasileira a participar de uma final individual, no Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica em 2021, ficando em 17º lugar na competição e batendo seu recorde de 2019, onde foi a primeira brasileira a chegar no 31º lugar em um mundial desde 1975. A ginasta também conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, outra marca histórica para o Brasil. Além desses resultados, ao longo de seus 17 anos de carreira, Bárbara foi 8 vezes campeã brasileira e 6 vezes campeã sul-americana.

No programa há 10 anos, Bárbara comenta que o Geração Olímpica e Paralímpica sempre a ajudou muito, principalmente agora que ela faz parte da seleção brasileira de ginástica rítmica: “Querendo ou não, é um esporte muito caro. No nível que eu cheguei agora, na seleção brasileira, tudo a gente precisa ter em dobro, dois arcos, duas bolas, duas fitas… Então é bem caro e o programa tem ajudado muito nisso, em questão de aparelhos e nos collants que também são bem caros. Eu tô voltando agora de um pós operatório, então tem que ter suplementações, fisioterapia e a bolsa tem auxiliado muito na minha recuperação e reabilitação para eu voltar aos treinos.” 

Agora Bárbara está focada em conquistar a vaga olímpica e está confiante da conquista: “Nosso foco agora é Paris 2024, as classificações começam ano que vem já nos mundiais, a gente viu que é possível alcançar uma final mundial, a gente quer pegar essa vaga olímpica já no mundial, eu tenho certeza que vou conseguir esse título”, finaliza a ginasta.

Em seus 11 anos de história, o Geração Olímpica e Paralímpica vem trabalhando para fomentar o esporte no estado do Paraná, manter grandes talentos no estado, ajudar atletas e técnicos a ascenderem em suas carreiras e desenvolver o esporte de base, para o diretor de esportes, Cristiano Barros Homem d’El Rei, o programa é um grande impulsionador do esporte no Paraná: “É um programa diferenciado, um programa que se pauta pela meritocracia dos resultados técnicos dos atletas, e que pretende num médio a longo prazo trazer novos talentos paranaenses representando estado nas competições do jogos olímpicos e dos jogos paralímpicos, no ciclo de Paris 2024 ou no ciclo de Los Angeles 2028”, finaliza.

 

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