ESPECIAL FEDERAÇÕES: 70 anos de história da Federação Paranaense de Tênis 12/04/2021 - 14:07

Como uma partida no Grand Slam, cada bola é fundamental para construção de uma vitória. Assim, o tênis do Paraná cresceu e se popularizou ao longo de 70 anos. Esta evolução gradativa, resultou em 32 mil atletas federados. A trajetória da modalidade foi construída com o apoio e o esforço da Federação Paranaense de Tênis (FPT). Essa é uma série especial, que a cada semana apresentará uma federação esportiva do Paraná, seus projetos, números e parcerias com o Governo do Estado, por meio da Superintendência do Esporte.

Em 17 de janeiro de 2020, a FPT completou 70 anos de história. A data foi marcada pela exposição virtual “Tênis Paranaense” no Centro de Memória do Esporte do Paraná. (Link para acessar a exposição: http://www.esporte.pr.gov.br/Pagina/EXPOSICAO-70-anos-da-FPT). O espaço e a exposição são  realizações  da Superintendência  do Esporte do Governo do Paraná.

 Após sete décadas, a entidade continua com a missão de ser um elo entre atletas, treinadores, clubes, academias e árbitros. Assim fomentando o esporte, fortalecendo as regras e ajudando na evolução dos atletas.

“Somos a segunda maior federação de tênis do Brasil em número de federados, mas a mais ativa em número de torneios e cursos. O papel maior é estar cada vez mais junto dos nossos filiados para que possamos gerar eventos de qualidade no Estado. Gerando economia para os jogadores e possibilidade de desenvolvimento ao longo prazo”, afirma presidente da FPT, Silvio Pinheiro de Souza.

NÚMEROS Atualmente, a federação tem 32 mil atletas cadastrados – desde amadores até alto rendimento e a partir dos sete anos de idade. Também conta com mais de 200 treinadores e 66 clubes/academias filiadas.

Diferente das outras federações, a FPT possui em sua maioria atletas amadores. Segundo Souza, esses atletas amadores são vistos como clientes por competirem por lazer e participarem de competições estaduais promovidas pela instituição. Cerca de 3500 atletas pagam anuidade para a entidade. O presidente Souza também ressalta que tantos os amadores como os profissionais são tratados e divulgados da mesma forma.

Além do tênis de quadra, a modalidade beach tennis tem ganho o coração do Paraná. O esporte chegou no Brasil em 2008. Em 2013, ocorreu o primeiro torneio oficial pela FPT. A partir de 2015 a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) criou a Copa das Federações de Beach Tennis e a FPT começou a enviar equipes para representar o Estado.

E os Jogos de Aventura e Natureza, promovido pelo Governo do Paraná, contam com a modalidade em suas edições. Em 2019, os Jogos de Aventura receberam Caiobá Open de Beach Tennis, que faz parte do Circuito Mundial da Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês). Entre os países presentes, estavam Brasil, Estados Unidos, Itália, Venezuela e Uruguai. Atletas de renome internacional jogaram nas areias paranaenses, como Rafaella Miiller (Brasil) e Alessandro Calbucci (Itália).

COMPETIÇÕES Durante 2020, a entidade paralisou os trabalhos por cinco meses. “Optamos por trabalhar em home office. Oferecemos cursos para o pessoal interno e capacitação para a equipe de arbitragem da federação, tudo de forma remota”, explica Souza.

A partir da flexibilidade dos municípios, a Federação conseguiu realizar cerca de 35 competições – que iniciam nas modalidades infantojuvenil. “Como realizamos competições em todo Paraná, conseguimos fazer competições de acordo com a situação de pandemia na região, seguindo as restrições e protocolos”, conta Souza. Estas competições deram suporte econômico para entidade continuar suas ações e honrar seus compromissos com funcionários e fornecedores, pois sua maior verba vem da realização de torneios. 

Em 2019, a FPT realizou mais de 100 competições.  Para o preparador físico, Maurício Kolisnik de Matos – federado há oito anos -, o papel da instituição é fundamental para conectar pessoas, regiões, clubes e atletas avulsos. Por meio dos jogos em todo território paranaense, o gerente de esporte do Clube Curitibano acredita que a FPT é peça essencial para tornar os atletas competitivos a nível nacional e até mesmo internacional. 

Para Matos, a entidade está entre as melhores do país da mesma forma que o tênis paranaense. O Paraná na categoria infantojuvenil da Copa das Federações está sempre entre os três primeiros colocados.

Um dos principais objetivo da FPT é oferecer competições oficiais para que os atletas possam jogar em seus municípios, suas regiões e se fortalecer para as competições a nível nacional. “A importância da Federação é cada dia mais fomentar a realização de eventos a nível local para que o atleta não precise se deslocar tanto”, explica Souza.

ATLETA OLÍMPICA Os primeiros passos da tenista Teliana Pereira foram em torneios paranaenses. Para a ex-atleta que competiu nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e esteve entre os top 50 do tênis mundial, os jogos da federação fazem parte de uma etapa importante do início da carreira para todo tenista paranaense. Na FPT, Teliana pode se identificar com ritmo de competições e aprimorar seus talentos para, então, seguir em competições nacionais e internacionais.

CURSOS Assim como os jogos, os cursos oferecidos pela federação fazem a diferença na formação técnica de treinadores e árbitros paranaenses. Em 2019, foram 20 cursos em várias regiões. Por causa da pandemia, em 2020, foram realizados oito cursos de forma remota.

Nos últimos dez anos, o treinador Ecoplay Academia de Tênis,  André Cardoso Tavares, participou de todos os congressos e cursos oferecidos pela FPT  . “Tive oportunidade de participar de congressos internacionais que não teria acesso se não fosse pela Federação Paranaense de Tênis. Por isso, ressalto que ela está entre as melhores do país”, explica Tavares.

GERAÇÃO OLÍMPICA Desde a primeira edição do Programa Geração Olímpica, patrocinado pela Copel, o tênis esteve presente. Nestes dez anos, 225 bolsas foram distribuídas para modalidade.

Entre os ex-bolsistas, está Teliana que foi contemplada de 2012 a 2018. Para ela, o incentivo do Governo do Paraná com o apoio da FPT foram fundamentais para os momentos mais importantes da sua carreira. “O tênis é um esporte que exige muito: mente, corpo. Ser tenista e mulher torna ainda mais difícil. Esse apoio financeiro e da federação me deram suporte para etapas difíceis”, enfatiza Teliana. 

Souza afirma que o suporte do programa é essencial para novas gerações de atletas. Para ele, o tênis brasileiro evoluiu muito nos últimos anos. E a FPT foi peça chave para revelar atletas, promover o esporte e oficializar as regras.

CURIOSIDADES - No livro “60 anos de Confederação Brasileira de Tênis – A história do tênis brasileiro” na página 47 é creditada a Federação Paranaense de Tênis a ideia de criar a Confederação Brasileira de Tênis. A instituição seria criada em 1955.

- Na edição dos Jogos Abertos do Paraná de 2019 contou com a participação de 52 atletas e 15 equipes.

- Na edição dos Jogos Universitários do Paraná de 2019, 48 tenistas participaram em 15 equipes.

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